Um dia fui na casa da prima do Luiz que havia ganhado gemeos e é mãe de um menino de sete anos. O menino enciumado com toda a atenção voltada para as gemeas, resolvi eu e Luiz reparar o erro alheio dando atenção ao menino. Fomos jogar video gameo em seu quarto e eu disse:
"coloca um cartucho de futebol." O menino se virou pra mim e respondeu: "o que é cartucho?"
Contei esse longa historia porque o tempo passa. Quando minha mãe falava de jovem guarda, eles já eram velhos e ultrapassados. Hoje falamos de Legião Urbana, LP, cinema de rua com lanterninha vigiando os namorados, Mappim, atari, plano cruzado, Banco Nacional e mais recente Banespa. Acompanhamos a chegada da internet, quando nossos pais acompanharam a chegada da tv. Quanta coisa eu fico pensando que tenho que passar para os meus filhos. Fico imaginando quanta musica boa ele tem que conhecer Beatles, Bee Gees, ABA que eu ouvia muito, Elvis e as do meu tempo. Preciso contar e mostrar como era o orelhão de ficha, o primeiro celular, vitrola. Lembro que minha primeira vitrola foi uma portatil que a caixa que saia o som era sua tampa. O primeiro curso que fiz foi de datilografia e digito com todos os dedos até hoje, nem sei se ensinam isso mais. Tenho tanta coisa para mostrar e contar. Acho que vou fazer uma lista de musicas que vou coloca-lo para ouvir desde a minha barriga, ao invés de ficar ouvindo essas porcarias de agora. É tão bom programar um filho, planejar tudo que vamos passar pra ele. Um dia eles vão passar tudo para seus filhos também e espero que tenham só lembranças boas. porque farei o impossivel para dar-lhes uma infancia feliz, com lindas recordações. E assim caminha a humanidade...
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