sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vida Nada Convencional

Nunca tive uma vida convencional. Meus pais se separaram quando nasci, fui morar com minha mãe ainda recem nascida, mudamos para uma casa dos fundos da minha vó e meu tio, irmão da minha mãe morava na frente. Meu pai de peão, casou-se outra vez e tem uma vida estável. Minha mãe com vários problemas de saude (epilepsia, depressão, mais tarde teve esquizofrenia), me pôs no mundo e esqueceu que filho não vive só de comida, mas também de afeto, carinho.
Fui crescendo, estudando e cercada de discriminação. A familia da minha mãe me discriminava porque meu pai tinha uma condição de vida melhor, porque eu era a unica branca da familia, porque meu pai tinha deixado minha mãe e casado com a amante. Agora eu me pergunto, esses monstros não sabe que uma criança não entende nada disso, que não tem culpa de nada...
A familia do meu pai, me discriminava porque eu era filha da louca da minha mãe, que fazia escandalos no trabalho dele. Eu cresci no meio dessa guerra e vi meus irmão (filhos do meu pai) tendo uma educação completamente diferente da minha, com conforto, atenção, estrutura. E eu aos trancos e barrancos (presenciando convulsões da minha mãe, uma tentativa de estupro quando ela saia pra arrumar emprego, crises de esquizofrenia). Aos vinte anos mudei de cidade e me afastei da familia dela, me afastei de todos inclusive e minha vida melhorou bastante. Em outubro de 2003 conheço o Luiz em um farol, epâ! não é isso que vocês estão pensando! Eu estava no meu carro parada no farol e ele no dele, nos olhamos, paramos no posto de gasolina e começamos a conversar, desde então estamos juntos. Quanto estavamos com sete meses de namoro, compramos nosso apartamento, não nos casamos na igreja, nada convencional, fomos ao cartório marcamos a data e no dia assinamos os papéis, depois levamos nossos padrinhos para almoçar na churrascaria e pronto. Não teve lua de mel, não teve presentes, ninguém ficou sabendo além dos nossos amigos. Não tinha mais contato com as familias (as vezes falava com minha avó materna pelo telefone). Meu pai não foi, ficou sabendo bem depois, acho que nem se importava. Depois ele se separou e começamos uma reaproximação. Hoje temos uma relação muito boa, mas não a ideal. Estou escrevendo tudo isso porque andei vendo alguns blogs de meninas que casaram, sairam da casa dos pais, planejam seus bebes. É claro que semprei sonhei com tudo isso, queria sim ter um casamento na igreja, fazer lista de presentes, chá de cozinha, entrar com meu pai na igreja, ir pra lua de mel, chegar e encontrar a casa toda arrumadinha com tudo novo. Mas não foi assim que aconteceu, a familia da minha mãe nunca me deu um telefone sequer, nunca vieram me visitar e nem me convidam para ir a casa deles, também não vou ficar correndo. A do meu pai então... Essa se eu ver alguém na rua não reconheço, tive falando com meu tio, irmão do meu pai esses dias, ele é muito legal me convidou para ir a casa dele, a mulher dele também é uma ótima pessoa (já foi prostituta, por isso é mais humilde), teve vida dificil no passado e como é muito discriminada não discrimina ninguém. Mas não temos tido tempo de ir lá, é bem longe e tudo, quem sabe um dia. Por isso a familia tem um valor muito alto pra mim, que não tive nenhuma. Não quero só dar boas condições financeira para os meus filhos, quero proporcionar-lhes uma vida feliz, cheia de sonhos, rodeados de muito amor. Quero fazer festas de aniversario pra eles (nunca tive quando criança), quero ir nas reuniões escolares (ninguém nunca foi numa reunião minha), quero fazer a sua formatura, quero comemorar cada conquista que eles tiverem, quero estudar junto para o vestibular, quero ser amiga, mãe e companheira para todas as horas, quero ser o apoio de todos os momentos. Quero ve-los casando, arrumando o primeiro emprego. Quero minha casa cheia de amigos da escola fazendo aquela bagunça, enfim quero dar-lhes tudo o que eu não tive e queria.

Vamos ao Luiz

Luiz teve uma vida parecida com a minha, só que em alguns aspectos um pouco pior. Seus pais se separaram quando ele tinha dois anos, ele tinha um irmão doente (sindrome de eisenmenger), e o pai nunca mais os procurou. Morou com a mãe e com a avó, a mãe trabalhava o dia todo e a avó era uma analfabeta que deixava os dois o dia inteiro na rua. A familia da mãe sempre os tratou como os "pobrezinhos", davam roupas usadas, objetos velhos que não precisavam mais. Quando o Luiz cresceu fez Senai e entrou na Ford e foi estudando, fez faculdade (quando nos conhecemos ele ainda fazia faculdade), fez tudo sem o apoio de ninguém, a mãe não tinha a menor perpectiva de uma vida melhor, sempre pessimista, acomodada nas situações. Mas quando nos conhecemos o incentivei muito a querer mais, a crescer. E foi o que aconteceu, ele estudou e ainda estuda, mudou de função na empresa e continua a crescer. Seu irmão morreu, faz mais ou menos um ano e a familia da mãe dele morre de inveja, porque estamos construindo nossas coisas, porque reformamos a casa dela, legalizamos os documentos da casa e ela não precisa pegar roupas velhas de ninguém. Sabe aquelas pessoas que para se sentirem melhor tem que ver os outros na pior, é a familia do Luiz. Eles me odeiam, porque mudei muita coisa. Então assim também não temos contato com a familia dele, apenas com a mãe e a avó que já tem 90 anos e está mais pra lá do que pra cá. As vezes os encontramos porque ele vão visitar a vó. Praticamente o Luiz é sozinho como eu.

E isso faz de nós dois a mesma pessoa, querendo ter uma familia que nunca tivemos, nos reunir em volta da mesa nas refeições, sermos simplesmente uma familia convencional com seus problemas, brigas mas acima de tudo cercada de muito amor, que foi o que mais nos faltou.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mudanças de planos

Eu havia decidido que esse mes iria parar de tomar o anticoncepcional, mas eu estava fazendo a unha na sala e vi a bula da pomada que a minha dermatologista havia passado, nem tinha me dado o trabalho de ler antes. Quando fui ler a "pomadinha" que ela me passou para acne tem sérias contra indicações para gravidez. Que médica boazinha a minha, não? De qualquer maneira não irei retomar o tratamento agora até tudo estar resolvido. Mas por causa da "pomadinha" terei que esperar seis meses para voltar. Por isso que eu estava achando esse remedio tão bom, rapinho a minha acne secou, enquanto outros quase não fazia efeito. Mas depois da amamentação é bom saber que tem um remedio desses que soluciona rápido o problema. Hoje retomo a cartela e minha menstruação está no terceiro dia e meio intensa para os meus padrões. Marquei ginecologista para o dia primeiro de dezembro, porque depois desse stress todo acabei ficando com corrimento, mas não tenho coragem de contar para o Dr. Georges, parece relaxo... Então uma medica desconhecida deve resolver. Além de tudo tenho que me preparar novamente para um nova tentativa, voltei a tomar café, andei dando uns goles na coca cola (fico com a consciencia pesada depois), fui com o marido comer porção e tomar cerveja, estou usando um coquetel de remedios para rinite, parei o acido folico. Isso foi engraçado, eu estava conversando com o Luiz sobre o tratamento e eu disse que não poderiamos começar agora por causa dessas coisas e tinha parado o acido folico e era melhor tomar pelo menos tres meses antes, no dia seguinte (o meu maridinho traz café na cama todo dia cedo quando sai para trabalhar, com café com leite e pão na chapa, fofo né!) ele trouxe o café com o comprimido de acido folico, achei um barato!

Outra coisa que estive pensando e me impede de voltar o tratamento é que tenho um pé inchado, é um pé só, o esquerdo é um pouco gordinho, já fiz um monte de exames e não dizem que são os vasos linfaticos, não me incomoda, o sapato cabe, mas no calor sempre faço drenagem porque ele incha mais, se fico o dia inteiro de pé, ele parece um pãozinho. Eu acompanho um blog muito legal http://www.blogdagravida.wordpress.com/, ela escreve muito bem e é engraçadissima, outro dia ela postou a foto dos pés dela inchado, na reta final da gravidez, imagine só, estavam enormes mesmo, fiquei assustada. Imagine o meu pé que já inchado e isso é mais um motivo para adiar a gravidez agora, porque não posso de jeito nenhum ter o final da gestação nessa época do ano, acho que ele explodiria. Então vou esperar as festas e começo tudo de novo, dieta, acido folico e principalmente guardar o dinheiro para o tratamento, mais ou menos em maio. Ou será que deveriamos ir para um país bem frio, poderia engravidar qualquer época do ano, não seria má idéia, que delirio!

Quero falar de outra coisa. Eu não sabia fazer minhas unhas em casa, só trocava o esmalte, a cuticula eu pagava mensalmente uma manicure e toda sexta feira eu ia fazer. Começou com uma menina que trabalha para a Lourdes, ela fazia a minha unha muito bem. Considero uma unha bem feita aquelas que não carcam a unha até sangrar, que saem caçando lá na alma a ultima pele de milimetros de cuticula. Só que tinha vez que ela não vinha, e eu pagava adiantado, desisti e fui arrumar outra. Achei uma otima, que tira a cuticula, não lixava até o talo, porque sinceramente dá o maior trabalho deixa a unha crescer e quando a pontinha já está maior, vem uma infeliz e lixa tudo. Só que ela resolveu prestar vestibular de geografia, até ai tudo bem, fiquei super feliz de ver minha manicure querendo estudar numa faculdade publica, mudar de vida, que bom. Só que o detalhe: lá no Ceará. Não preciso dizer mais nada. Passei por duas experiencias de manicure que me doeu, paguei vinte reais para fazer mão e pé, acho caro, e a maldita mal tirou o esmalte do canto da mão. A outra nem sabia enpurrar a cuticula e depois a dona do salão ainda me fala que o preço é promocional. Achei uma perto da minha casa, na esquina, achei otimo a distancia, fui lá fazer, a primeira vez tudo bem, ela tira bastante a cuticula, mas não ranca pedaço. Lembrando que quando vou fazer a unha eu levo minha bolsinha com tudo, compro aquelas luvas que já vem creme, levo alicate, lixa, esmalte. Elas só gastam mesmo com a mão de obra. O preço era bom, fechei o mes. Na segunda vez, quase um assassinato. Ela foi fazer o meu pé, justo o inchado e resolveu futucar o canto da minha unha, já viu no que deu? Ela machucou toda a lateral da unha e por baixo. Já faz quinze dias e não melhorou ainda, nasceu uma pele grossa e quando toco dói, parece que ela deixou um pedaço de unha lá, sei lá, nos primeiro dias inflamou, formou uma bolsa de pus, limpei, fiz curativo, passei antiinflamatorio. Mas o pior é que já tive irisipela por conta da circulação desse pé e a coisa vai e faz uma merda dessa. Agora não sei se vou ao podologo, porque parece que tem um pedaço de unha solto por baixo, ou se vou ao medico.
A Melhor noticia disso é que não voltei mais lá depois desse episodio e aprendi na marra a fazer minha unha, achei que ficou melhor que na manicure e não ranco pedaços. Já fiz duas vezes e acho que quanto mais fizer, melhor habilidade terei com o alicate. Acho que isso é tudo, de resto é esperar e esperar para ver como tudo se resolverá.

Menstruação

Hoje foi o primeiro dia da monstra, fiquei muito aliviada estava ficando preocupada, não achando que estava gravida porque essa hipotese estava descartando, porque não estava sentindo nada de sintomas suspeitos, mas pela hipotese de ter alguma coisa errada, depois de tantos remedios. Ontem aconteceu uma coisa muito chata, sempre passei protetor solar, principalmente no rosto, não saio de casa sem . Mas nos braços e no colo passo quando realmente está sol. Pois bem, ontem o tempo estava nublado, então sai da onodera e tinha que ir na prefeitura e no cartorio, deixei o carro lá mesmo e fui a pé. Passei protetor no rosto e fui, estava só nublado. Voltei pra casa exausta, tinha andado muito nem fui na academia porque minhas pernas estavam me matando. Quando me olho no espelho, PUTA MERDA, (com todo respeito), eu estava com o colo com a marca da blusinha, todo vermelho e o ombro então... Sempre achei ridiculo essas mulheres com o colo queimado, com a marca da blusa e lá estava eu pagando minha lingua. Hoje fui correndo comprar sundow 50 e mais um protetor de rosto da la roche posay. Estou sentindo minha pele melhorar visivelmente. Já consigo ficar dois dias sem lavar o cabelo sem que ele pareça que ficou um mes sem lavar e meu rosto está com a acne bem seca. Só estou com medo de parar o remedio e voltar novamente, o Luiz disse que acha que não porque não estou mais tomando hormonios.
Detesto depender dos outros para fazer as coisas, gosto de resolver tudo e pronto. E esse é o momento que tenho que depender de alguém para as coisas acontecerem.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Musicas

Coloquei duas musicas que considero lindas, desçam até o final dos posts e apertem o player para ouvir. Está lá embaixo na barra vermelha. Estou assim, muito chorona e sensivel. Não posso ver uma mulher grávida na rua que me dá vontade de chorar. Toda a pressão desses dias também tem sido dificil.

Musica

Estou tentando colocar musica no blog

Ultimo comprimido da Cartela

Só para ficar registrado: meu ultimo comprimido tomei quarta feira dia 18-11-09. Agora vou parar esse mes a cartela e vou acompanhar, se eu demorar mais de cinquenta dias para menstruar retomo, mais se eu demorar posso também estar grávida? Vou parar e esperar meu corpo decidir o que quer fazer, depois que eu menstruar volto a tomar novamente. Sinceramente minha pele melhorou muito e meu cabelo está bem menos oleoso, sei que se parar acho que tudo vai piorar novamente, mas tenho que tentar, quem sabe não conseguirei sem tratamento. Ainda não mentruei o prazo é até quarta feira. Senti umas pontadinhas então entre hoje e amanhã a dita cuja vem.

domingo, 22 de novembro de 2009

"Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.'
Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira.
'Você acha que eu deveria ter um bebê?'
'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .
'Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos.
Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?'
Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar.
Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da da ursa que protege seu filhote.
Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor roupa sem hesitar nem por um instante.Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade.Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê.
Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina.
Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema.
Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho.
Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida - não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho.
Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez.Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.'
Você jamais se arrependerá', digo finalmente.
Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados.
Este presente abençoado que é ser Mãe."

Copiei do blog "diario de uma gestante", achei lindo e resolvi passar pra frente.
Ontem tomei a decisão, minha cartela de anticoncepcional acabou e esse mês não vou tomar.
Amanhã pode ser que terei novidades para postar, vamos ver.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Anticoncepcional

A minha cartela de anticoncepcional já esta acabando e devo começar outra. Não estou tomando certinho nos horarios, ontem mesmo esqueci e o Luiz me deu hoje cedo, algumas mulheres falam que por isso que falha, deve-se tomar no intervalo de 12 horas. Ontem fui na casa do Valdemir e ele fica repetindo para a namorada dele ouvir, que não planejou o filho, que não era pra ser agora, não é muito legal uma mulher gravida ficar ouvindo isso...
Fiquei pensando agora: e se eu não tomar a pilula no proximo mes, esperar menstruar e voltar a tomar, ir intercalando sabe, um mes tomo e outro não. Ai vão falar porque não para logo de uma vez, tenho medo de ter um cisto no ovario, o que seria muito provavel. Agora se eu tomar intercalando os meses, se eu tiver cistos, no mes seguinte o anticoncepcional limpa. Depois posso ir ao ginecologista e fazer ultrasson para ver como está. Mas até eu retomar o tratamento quem sabe não tenha um mes que eu vá ovular e acabe engravidando. Vou tentar assim. Se der certo, otimo. Se não der, tudo bem sabemos já que preciso engravidar com remedios. Pelo menos vamos tentar do metodo natural. Sem stress, sem cobrança.

A perda

Não sei como começar, eu disse que não falaria mais sobre o assunto em respeito as blogueiras que estão grávidas, mas preciso desabafar. Ontem fui a academia, bem desanimada, ando meio desanimada desde a descoberta do meu peso. quando entro no vestiario quem eu vejo? Minha dermatologista, ela estava já se arrumando pra ir embora, nos falamos e tudo e perguntei a ela como iam as tentativas de engravidar e ela me disse que achava que já estava, tinha feito o teste de farmacia e tinha dado positivo, já estava de consulta marcada para o ginecologista. Disse que queria saber quando estivesse, fiquei contente e tudo. Outro dia estava na manicure e chega uma moça com uma menina de mais ou menos um ano e meio, contive o choro. Não é que eu esteja triste em ver as pessoas engravidando, esqueci de falar que a mulher do Dr Georges está gravida também. Mas me bate um aperto e me pergunto porque comigo? Fico pensando em como minha barriga estaria agora, mas logo espanto esses pensamentos, mas isso não deixa de me tocar. a Luciane, namorada do Valdemir, estava hoje me dizendo que ele não esta nem ai pra ela, não a acompanha ao medico, não pergunta nada, não foi nas duas ultrassons que ela fez, puxa e isso aconteceu com a gente quando queriamos tanto e ele deveria estar feliz da vida, fica preocupado em como contar para o marmanjão dele de 17 anos.
O Luiz não aceita que eu fique assim, porque estamos com planos novos, tudo vai mudar e para melhor. Quando acontecer e der certo eu contarei pra vocês. Mas parece que agora a ficha esta caindo, a dor da perda parece que começa a incomodar agora. Tenho que viver o presente e deixar tudo isso de lado.

Sogra

Mesmo que meu marido leia esse blog, não estou nem ai, preciso desabafar com alguém de algumas coisas que vem acontecendo a algum tempo. Desde que meu cunhado morreu minha sogra resolveu deixar de cuidar da vida dela para cuidar da minha, sim da minha vida, do que eu faço e não ,no minimo, a do filho dela, já que ele é parente dela e não eu. Já devo ter dito aqui que já morei sozinha, sou muito independente, fui criada assim. Nunca fiquei ligando pra pai e mãe toda hora pra dizer onde estava ou deixava de estar tanto porque os dois tinham mais o que fazer da vida. Sempre sai e dizia "mãe estou saindo, não sei que horas chego" e ponto final. Depois que casei as coisas mudaram um pouco, mas até ai é marido tudo bem. O que não admito e está me enchendo é a mãe dele ficar querendo saber o que faço, onde vou, quando vou, que horas volto. Outro dia estavamos no carro e depois de perguntar em outros dias dez mil vezes que horas faço academia, quanto tempo fico e tal, ela fala no carro (meu marido dirigindo), acho que vou fazer academia também, mas não com interesse de querer fazer, porque pra uma pessoa que não tem coragem de ir ao ginecologista em mais de seis anos, não deve ter muito interesse em cuidar do corpo. Com um tom que parecia que eu estava mentindo, não fazia academia coisa nenhuma, que era uma vagabunda que estava dando por ai. Eu respondi naturalmente, mas o sangue ferveu. O outro episodio ela fez um questionario de mil perguntas sobre onde eu estava para a menina que fazia limpeza aqui. Por duas vezes veio até minha casa e eu não estava, ela liga pro Luiz pra contar, não sei com qual intenção. Sem contar o escandalo que fez que eu já postei aqui. Acho que poderiamos ter uma relação legal. Como eu tenho com a Lurdes, essa semana não foi na casa da Lurdes e nem por isso ela saiu me cassando. Mas com toda essa intromição isso me afasta e pior fico com raiva. A moto do Luiz é outro assunto, meu marido tem moto, e mesmo quando tinhamos dois carros ele tinha moto, compra roupas de moto, revista de moto, assiste corrida de moto no domingo e quando dá as terças feiras vamos ao encontro de motoqueiros no Ibirapuera, ele sabe de todos os lançamentos de motos novas e já quase comprou uma moto de mil cilindradas que eu não deixei. Alguém ainda acha que eu obrigo ele a ter moto e sou muito malvada e fico andando a toa pra cima e pra baixo com o carro quando o pobre vai trabalhar debaixo de chuva de moto? Detalhe ele tem uma jaqueta caresima para andar na chuva, tem um conjunto de calça e jaqueta para chuva e mesmo que tome chuva ele não molha a roupa. A minha sogra acha, acha que o coitado anda de moto porque não pode comprar um carro e a egoista aqui se apossa do unico carro que temos. Outro detalhe a moto dele é nova e daria para vender e comprar outro carro. Antes achava que eu não sabia cozinhar e que o filho dela passava fome, depois de dar um baile de culinaria na casa dela viu que não era bem assim. A minha obrigação de dona de casa faço, casa limpa, comida feita, roupa lavada, toalha seca no banheiro. Acho que posso cuidar de mim? Não para por ai, tem mais, mas isso já basta. Acho que isso vai além do limite do respeito, cada um tem sua privacidade e não lembro de ter dado liberdade pra tanto. Acho que ela esta confundindo as coisas, preciso cortar isso desde de já, caso contrário minha vida vai virar um inferno.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

História do Boris







Um dia fui ao veterinario levar um cachorro meu, chega um homem e diz que tinha um cachorro filhotinho no carro que havia sido atropelado e seu filho tinha visto e implorou para o pai para leva-lo ao veterinario. A recepcionista disse o valor da consulta, o homem disse que o cachorro não era dele, que ele não podia pagar e o cachorro estava só com a pata fraturada, a recepcionista diz que tem de levar o centro de zoonose para ser sacrificado, ele novamente afirma que o cachorro é filhotinho. Eu interrompo a conversa e mando a recepcionista buscar uma maca que eu pagaria os gastos do cachorro. Não suporto ver injustiças ainda mais com animais. Quando ele trouxe o cachorro, ele estava bem magro e com uma fratura exposta no femur, eles colocaram na maca e foi quando ele olhou pra mim (o cachorro) e nossos olhos se cruzaram e senti ele me pedindo, implorando para salva-lo. Isso era uma tarde, liguei para o Luiz e contei tudo, ele saiu do trabalho e veio direto pro hospital veterinario, a cirurgia terminou por volta das dez da noite. Ele havia colocado três parafusos na pata e fixadores externo. Teria que leva-lo todo dia para fazer curativos. Chegamos em casa, demos um banho nele, mesmo deitado, estava bem encardido, comeu e foi dormir. No outro dia era um sacrificio para coloca-lo no carro porque doia muito, ele tomava aquele tramal (que é um dos analgesicos mais fortes que tem). Enfim depois ele foi fazer fisioterapia, começou a apoiar a pata depois de 28 dias, quando tirou o fixador. Depois de dois meses fui vacina-lo e ele no outro dia começou a passar mal, vomitando até agua e terrivelmente apatico, levamos ao veterinario e ele estava com parvovirose. Essa doença pode levar o cachorro a morte. Teve que ficar internado por três dias e iamos visita-lo três vezes ao dia. Nessa altura o nome dela já era Boris, descobrimos que ele tinha um fascinio por bolas. Tudo isso aconteceu em 2004 e desde então Boris é meu protegido, meu anjinho. Ele expressa uma gratidão enorme por mim, um amor incondicional, onde vou ele está junto e morre de ciumes. Dorme no quarto com a gente, tem quase todas as duas vontades saciadas é muito carinhoso e quando passa o dia no quintal entra em casa dando muitos beijinhos na gente. Ele não passou só por isso, depois teve que fazer uma cirurgia para colocar a patela no lugar, que nesse hospital veterinario não notaram que a patela estava fora de lugar, prenderam com arame depois teve que fazer outra cirurgia para tirar o arame e junto tiraram o parafuso que estava dentro do osso. Ele manca um pouco, mas faz tudo normal, sempre estou observando se esta tudo bem.



A Inteligencia



Boris é extremamente inteligente, assiste tv, sabe abrir portas pela maçaneta . Dizem que os animais não conseguem ver em duas dimensões, mas se estivermos vendo fotos no computador, ele vem para ver também e fica latindo para o monitor. Entende tudo que falamos, se ele está no quintal e dissermos: " você só entra se a bolinha ficar ai fora", ele larga a bolinha no chão na hora.



Poderia passar a noite inteira falando dele, mas vou deixar uma foto só para vocês entenderem como ele é inteligente e não corujisse minha.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Já sei como engravidar

Vi um post no blog da Rezinha (diario de uma futura gestante) e resolvi tomar uma atitude radical: Vou me divorciar do meu marido, depois vou encontra-lo numa balada, depois de ter enchido a cara vamos ter uma rapidinha por ai, pode até ser no carro mesmo, vamos nos despedir e pronto! Estarei gravida.

domingo, 1 de novembro de 2009

MATÉRIA DA SUPERINTERESSANTE DE SET-2002
"É provável que minhas palavras incomodem as leitoras da Super que estão folheando a revista ao lado de seus rechonchudos bebês. Ou mesmo desperte a sanha dos cristãos mais fervorosos que lembrarão a célebre frase bíblica “crescei e multiplicai-vos”. Acontece que, quando tal frase foi dita, a humanidade vivia num mundo completamente diferente. Ainda não havia recenseamento populacional preciso e a Terra parecia pronta para receber todos que aqui chegassem. Hoje, isso não é mais verdade. Dados internacionais mostram que há mais de seis bilhões de seres humanos sobre o planeta. O pior é que, em 2050, esse número deve saltar para nove bilhões. Ou seja: em pouco menos de 50 anos, adicionaremos no planeta a metade da população que temos hoje – e não custa nada lembrar que levamos cerca de 100 000 anos para atingir esse número. Há vários motivos para essa explosão demográfica. Desde a desinformação entre os mais pobres até a irresponsabilidade de famílias de classe média. Independentemente do motivo, o fato é que a população cresce em progressão geométrica, aumentando os problemas sociais e gerando mais violência. Países como a China tentam aplicar o controle de natalidade. Mas o problema é mundial e precisa ser encarado de frente por todos. Não dá mais para se esconder atrás de dogmas morais ou religiosos, enaltecendo o dom da maternidade e o milagre de gerar uma nova vida.Por motivos que estão mais ligados ao lucro do que a preocupações humanitárias, a ciência colabora com essa explosão populacional desenvolvendo, a cada dia, métodos de fertilização artificial. Mas por que, em vez de gerar cada vez mais crianças, não damos condições decentes às que estão abandonadas ou que são obrigadas a trabalhar em fornos de carvão? Em vez de promover métodos de fertilização artificial, por que não se promovem eficientes campanhas de adoção?Países como o Brasil precisam abandonar posturas hipócritas que dificultam a adoção internacional. As nações ricas, que têm taxas de crescimento negativo, precisam de crianças. Já o Brasil, a Índia e a China têm milhares de crianças desamparadas. Por que, então, não facilitamos o caminho para que elas possam ser criadas por quem tem condições de dar-lhes uma vida confortável?Infelizmente, a hipocrisia não é só do governo. É também de boa parte da imprensa e da população. As mulheres que passam anos fazendo tratamento para engravidar, gastando até dezenas de milhares de dólares, são consideradas, por boa parte das pessoas, heroínas. Tudo porque conseguiram gerar uma nova vida. Imagine o quanto seria útil se todo esse investimento fosse usado para educar crianças que já nasceram.Depois de conversar com várias pessoas sobre esse tema, costumo ouvir os mesmos argumentos. O mais enfático deles é aquele que defende o desejo da mulher de gerar uma vida dentro de si. Não haveria nada, afinal, que substituísse o ato de sentir um novo ser crescendo dentro da barriga de uma mulher. Mas, ao seguir essa linha de raciocínio, o que a mulher busca, na verdade, é a auto-satisfação – e não seria exagero dizer que ela estaria mais preocupada em conquistar esse prazer do que pensando no bebê em si. Outra argumentação comum é a de que, ao adotar um bebê, não se tem a garantia de saber a origem da criança. Essa desconfiança parte da tese, sem fundamento, de que o filho de um criminoso pode se tornar um criminoso, mesmo que cresça cercado de carinho. Pelo que eu sei, os genes não garantem que alguém será um mau-caráter ou um cidadão exemplar. Até porque criminosos como Hitler e o “Unabomber” eram filhos legítimos de famílias consideradas normais.Se a genética e o desejo de engravidar não justificam o repúdio contra a adoção, é possível concluir que o que as futuras mães querem é a garantia de que seus filhos terão um tom de pele próximo do delas. O desejo de engravidar a qualquer custo também tem seu lado racista. Até mesmo porque boa parte das crianças abandonadas que poderiam ser adotadas no Brasil são negras.Num planeta cada vez mais desigual, uma mulher que investe em tratamentos para gravidez é, de certa forma, uma egoísta – assim como um casal que tem cinco ou seis filhos. Não têm qualquer preocupação com o futuro do bebê nem com o futuro do planeta. Essa mulher quer apenas provar para ela e para a sociedade que é capaz de cumprir uma falsa obrigação moral: engravidar num mundo cada vez mais cheio de gente."

Peguei essa materia de outro post. Concordo com a matéria, mas no Brasil a adoção é dificil e sem garantias Digo isso porque já fomos ver. A sobrinha do Valdemir estava gravida e não queria a criança. Consultamos um advogado e queriamos pegar o bebe ainda na maternidade. Para isso a geradora tinha que fazer um documento e registrar em cartorio dizendo que estava dando a criança para nós, depois entrariamos com o processo de adoção, teriamos que esperar a entrada do processo para termos uma guarda provisoria, depois de ser avaliados por psicologos, assistente social, entrariamos com o processo da guarda definitiva. Detalhe, esse documento que a mãe faria primeiro não tem grandes validades, depende do juiz se iria considera-lo ou não. De qualquer forma a mãe geradora tem que registrar a criança primeiro. Até que saia a guarda provisoria que pode demorar dois anos, não temos garantia nenhuma que a criança ficará conosco, não podemos colocar no plano de saude familiar, não podemos viajar sem a autorização da "mãe". E a guarda difinitiva só deus sabe quando sairia. Decidimos passar pelo stress de um tratamento para engravidar do que adoção. Existe também uma fila para adoção, que pode demorar anos. Hoje a menina nasceu e tem dois meses e a tia tirou da mãe porque a menina estava subnutrida, cheia de piolhos e uma semana sem tomar banho. A tia também não tem boas condições financeira para criar, mas pela lei a familia da "mãe" tem prioridade, se na altura do processo a familia resolvesse pegar a criança de volta, nós perderiamos.
Por isso que a adoção é considerada como ultima alternativa, óu um segundo filho depois do biologico. Não tenho problemas nenhum em adotar, acho até melhor, mas a lei não favorece. E ficamos assim.