quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quase quatro irmãos

"Temos duas vidas: a que sonhamos e a que vivemos" Talvez vocês não entendam esse post, mas é um desabafo. Hoje fui assistir um filme no sesc e mostrava dois lados. Presos politicos vivendo numa cadeia e presos comuns, isso na decada de 70 e depois o que o preso politico se tranformou, em deputado, e o preso normal, em traficante. Mas não é isso que o filme quis passar. Temos apenas duas classes: os opressores e os oprimidos, só. O mundo, a humanidade se resumo em tudo nisso. Tudo se chega a isso, todas as respostas se afunilam para esse fim, porem os opressores não querem deixar seu posto e confundem os oprimidos, fazendo com que dentro de sua classe, ocorram sub classe e assim desvia-se a atenção para o foco. Enquanto os presos politicos brigavam para se ter um jornal todo dia e não usarem uniformes, os presos comuns fumavam maconha e se matavam, mas todos pertenciam ao mesmo lado - os oprimidos - porem é dificil para pessoas comuns identificarem isso. Hoje não há mais briga politica, o sonho da revolução se foi e as brigas são outras. A juventude não discute a tomada do poder, a juventude é emo, drogado e funkeiro e as contradições sociais se confundiram e viraram questões pessoais. A sociedade nunca esteve tão individualista. E o sonho se foi. O que fazemos com esses resquicios que está lá dentro enraizado e que tenta aflorar, mas logo a realidade bate a porta. Espero que eu consiga passar para meu filho o que de fato acontece, espero que ele tenha clareza para enxergar  e ser mais um nessa luta.
Nunca sonhei em ter uma vida pequeno burguesa, mas não temos opção, não há caminhos alternativos, o que resta é somente planejar nossa vida de acordo com o sistema, não tem mais como fugir. Acho que a humanidade nasceu assim, ruim , egoista, selvagem, cruel e não há mais nada que se possa fazer para mudar isso.
A INTERNACIONAL


De pé ó vítimas da fome

De pé famélicos da terra

Da idéia a chama já consome

A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo

De pé, de pé, não mais senhores

Se nada somos em tal mundo

Sejamos tudo ó produtores.


Bem unidos façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A Internacional

Senhores patrões chefes supremos

Nada esperamos de nenhum

Sejamos nós que conquistemos

A terra mãe livre comum

Para não ter protestos vãos

Para sair deste antro estreito

Façamos com nossas mãos

Tudo o que a nós nos diz respeito.

O crime do rico a lei o cobre

O Estado esmaga o oprimido

Não há direito para o pobre

Ao rico tudo é permitido.

À opressão não mais sujeitos

Somos iguais todos os seres

Não mais deveres sem direitos

Não mais direitos sem deveres


Refrão

Abomináveis na grandeza

Os reis da mina e da fornalha

Edificaram a riqueza

Sobre o suor de quem trabalha.

Todo o produto de quem sua

A corja rica o recolheu

Querendo que ele o restitua

O povo quer só o que é seu.


Nós fomos de fumo embriagados

Paz entre nós guerra aos senhores

Façamos greve de soldados

Somos irmãos trabalhadores.

Se a raça vil cheia de galas

Nos quer à força canibais

Logo verá que nossas balas

São para os nossos generais

Pois somos do povo os ativos

Trabalhador forte e fecundo

Pertence a terra aos produtivos

Ó parasita deixa o mundo.

Ó parasita que te nutres

Do nosso sangue a gotejar

Se nos faltarem os abutres

Não deixa o sol de fulgurar

Um comentário:

Priscila Alvares disse...

Pois é minha amiga, o mundo realmente está cada vez mais e mais egoísta...
E com isso os seres humanos, os seres classificados como "racionais", se tornam cada dia mais irracionais e inconstantes...

Mais o comodismo é mto mais facil do que a luta não é mesmo?

E o mundo continua assim...

E nós?
Aceitamos?

Temos que aceitar, pq a maioria se faz presente, e enquanto essa maioria for egoísta o mundo não vai ter jeito...

Um bbjo!