terça-feira, 27 de agosto de 2013

A resposta a pergunta de voces

Só agora estou "curada" das dores da infertilidade, só agora senti necessidade de retomar o blog e senti também que posso falar sobre esse assunto que antes me doía. A mulher se sente menos feminina com a infertilidade, parece uma espécie de mutilação, é difícil de aceitar, mas acho que no meu caso tem um motivo de ser. Sou filha legitima de um pai que me planejou, que casou com minha mãe, mas sempre me tratou como bastarda. Acho que esse processo tem a ver com isso, não ter um filho biológico pode ser a minha superação disso. Sinto que vou amar, educar e trabalhar para esse filho que não tem o mesmo sangue que eu porque do que adianta ter o mesmo sangue, não quer dizer nada, meu pai me rejeita e ai...
Como não vamos ter filho biológico, me sinto a vontade para mexer com esse processo quando eu quiser, portanto, eu e meu marido decidimos que vamos começar a mexer com os documentos da adoção daqui a uns cinco anos, vamos pegar uma criança de uns dois anos. E não quero brasileira e o motivo é que aqui no Brasil as vagabundas põe filho no mundo e depois sai dando ou acho que o Estado tem obrigação de cuidar. Depois da criança bem cuidada vem aparecer dizendo que é mãe, vai pra casa do alho...
Vou pegar uma criança do Haiti, Camboja ou Vietnã, que são crianças que realmente precisam, são órfãos, vitimas da guerra, da fome, da tirania, quero dar uma chance de alguém se superar, superar seu país, superar a desigualdade racial, e quem sabe dar a formação para que ela um dia volte para trabalhar pela melhoria de sua nação. Não quero só adotar, quero corrigir o que alguém um dia errou, quero fazer algo de bom para a humanidade e acho que isso pode ser uma contribuição. Tirar alguém que poderia morrer vitima de fome ou da Aids e dar uma nova chance pra mim e pra ela.

Um comentário:

Cláudia Leite disse...

Nossa Márcia, que volta por cima!
Acho que vc precisa disso, e a criança abençoada que terá vc terá muitas oportunidades de ser feliz!!!

bjo!